sexta-feira, 12 de novembro de 2010

PROJETO DE FILOSOFIA NA ESCOLA

TRABALHO DESENVOLVIDO POR ALUNOS DA FILOSOFIA.



NOSSA ESCOLA SEM BULLYING
Um exército de indefesos anda perdido pelas ruas de nossas cidades. Muitas vezes Vítimas de uma cultura da prepotência sofrem todo o tipo de preconceito. Nos espaços públicos que deveriam favorecer a convivência sadia, acabam por escancarar nosso  jeito, marcando  de uma forma recorrente, pessoas a quem   transformamos  em  vítimas do silêncio. O bullying precisa ser visto como um sintoma maior.  Quem de nós, em algum momento de sua história, já não foi cobaia da mediocridade de alguém ou de grupos? Que por muitas vezes, quase sem querer, deixamos escapar aquela expressão que revela o preconceito que mora dentro de cada um de nós?  O bullying não escolhe espaço para se desenvolver, para mostrar seus estragos. Pelo contrário Condutas recorrentes são aquelas que sistematizam a prática do preconceito. Quantas vezes não escolhemos a dedo quem queremos humilhar de forma mais agressiva, por exemplo, aquela garotinha gorda passa a ser a bola da vez daquela sala de aula onde é transformada na cobaia da gozação, momento após momento. Chegando até solicita aos pais para que  não há mande  mais a escola. Alega dores e outras razões, tentando de qualquer forma convencer seus pais de que não pode ir para escola. Vemos essa história acontecer varias e varias vezes em muitos lugares, não escolhendo classe social. 
Crescemos ouvindo o tempo toda a importância da palavra respeito. Mas mesmo assim vivemos cercados por exemplos que desmentem a tese. Fala a cultura da masculinidade que nega o direito de escolhas diferentes. O preconceito sexual é por varias vezes  uma afronta ao próprio conceito da palavra liberdade.  Cada um de nós  sabe como isso se processa, por exemplo,  num ambiente de trabalho ou em rodas sociais. A ironia e o riso zombador escancaram a marginalização. E as chamadas vítimas do silêncio por vez não encontram defensores, não encontram aqueles que iram de certa forma tomarem suas dores. Seus algozes fazem parte da massa dos indiferentes.  Quase todos eles, acabam reforçando a posição dos agressores. O complicado nesse ato é o grande desafio em perceber que o agressor também é vítima de sua própria ação é vitima de algo que ele jamais possa imaginar, que o aplauso vazio da hora, poderá se transformar mais tarde na exclusão num outro lugar.
Estamos engatinhando no Brasil sobre as lições da cultura do bullying. Ainda temos muito para aprender com aquilo que chega das casas, das salas de aula e dos ambientes de trabalho.  Precisamos saber diferenciar a brincadeira da hora, do preconceito massacrante que deixa marcas no outro. Meninos e meninas, ambos marcados pela exclusão da zombaria e levam para suas vidas experiências humanas onde  tudo é medido  pelo tamanho do peso, por sua beleza física, pela cor da pele, pela escolha sexual, dos níveis de intelectualidade, do tipo de roupa que estas vestindo.  Onde iremos parar com essa xenofobia? Quando descobriremos que temas como o bullying não pode mais ser tarefa apenas de alguém ou de um momento esporádico?  Quando vamos aprender que lutar a favor do respeito às diferenças é um legado de educação para toda a vida?  A civilidade exige o respeito a todo o ser humano. Ninguém e nenhuma instituição pode se omitir diante da criação de um clima sadio e solidário, onde as regras sejam pautadas pelo direito que todos possuem em aprender o significado da palavra respeito. Dominar tecnologias. e apropriar-se do conhecimento compromete a formação do aprender a ser e a construção de laços de convivência, construídos no respeito e na proteção da integridade de todos, em especial, os que formam o exército dos vitimizados

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